É preciso uma crise para me fazer escrever, ao que parece. Vinte e cinco anos. Por extenso parece uma eternidade: ímagine se puder esse espaço de tempo. Já é madrugada do dia seguinte ao meu aniversário, e com toda sinceridade proporcionada pela obscuridade desse meu lugar, foi um dia como outros incontáveis, senão pior. Não posso dizer que não construí nada nesse quarto de século, mas posso categoricamente afirmar que estou insatisfeito com tudo. Para começar, acertei de primeira o curso universitário que sacia minha fome intelectual, e pretendo fazer grandes coisas com essa formação - em contrapartida, minha compulsão quase patológica por procrastinação pode me levar ao júbilo; Em seguida, nem todo meu erudito conhecimento é capaz de me arrecadar um único centavo. Estou vivendo a trocados - e me odiando um pouco mais a cada dia por isso. Toda a promessa que outrora eu tinha, foi-se no tempo: hoje não vejo a razão de ouvir que o mundo perderia algo com a minha ausência no ambiente aca...
The M. Word
Um pogrom para minhas atrocidades intelectuais